Victor Hugo Morais
As famílias dos diversos jornalistas mortos por conta de sua profissão poderão respirar aliviadas mais rápido do que elas mesmas imaginam quando o assunto é julgamento. Isso porque a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) votará nesta quarta-feira (30) a proposta que estabelece preferência em julgamentos do Tribunal do Júri para homicídios praticados contra esses profissionais.
De acordo com a agência Senado, essa votação pode ser decisiva. Isso porque o projeto (PLS 167/10) tramita em caráter terminativo. Isso significa que quando aprovado pela CCJ, o projeto pode ir diretamente para a Câmara dos Deputados. Caso houvesse recursos de alguma das partes envolvidas, a proposta seria votada em plenário no Senado.
Para Roberto Cavalcanti (PRB-PB), autor da proposta, a liberdade de imprensa deve ser encarada como uma condição "essencial da democracia", prevista constitucionalmente. Em sua justificativa, cabe "à lei processual penal adotar mecanismos e procedimentos condizentes com esse valor primordial dos regimes democráticos". Ele ainda é autor da Proposta de Emenda Constitucional 15/10, na qual prevê que autores de crimes cometidos contra jornalistas em retaliação a sua atividade profissional, sejam processados e julgados pela Justiça Federal.
Caso Tim Lopes.
Um dos casos mais famoso de crime contra jornalistas brasileiros é o assassinato de Tim Lopes, repórter da TV Globo. Em junho de 2002, o repórter foi morto na favela Vila Cruzeiro, no bairro do Complexo do Alemão, área suburbana do Rio de Janeiro. Ele apurava algumas denúncias de exploração sexual de adolescentes e a venda de drogas num baile funk.
Mesmo disfarçado, Tim Lopes foi descoberto por traficantes. As suspeitas é que ele foi julgado e torturado como vingança, devido a sua reportagem feita em 2001 sobre a venda de drogas no morro, e que ocasionou na época a prisão de vários traficantes. (com informações do Portal Imprensa)
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